BIOGRAFIA
Meu nome é NADJA DE MOURA CARVALHO. Sou apaixonada por artes plásticas. Desenho e pinto desde criança no interior de uma bolha de timidez que estourou de vez em 2019. Desenvolvi Projeto de Pesquisa em Produção de Vídeo Celular de 2006 até 2014, com diferentes desdobramentos e estudos acerca da imagem digital em dispositivo portátil, pesquisamos e produzimos vídeos de experimentação artística.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Sou graduada em Comunicação (UFPE), tenho doutorado em Semiótica (PUC-SP), fui professora do curso de Comunicação (DECOM/UFPB), participei da criação e fui professora do Mestrado de Comunicação (PPGC/UFPB) e ainda participei da criação e fui professora do curso Comunicação em Mídias Digitais (DEMID/UFPB) até 2019. Cursei pós-doutorado na Universidade de Aveiro, Portugal (UA-PT), sob supervisão da Profª Lídia Oliveira e do Profº Vania Baldi, ambos do curso Novas Tecnologias da Comunicação, Departamento de Comunicação e Artes, Universidade de Aveiro, Portugal **.
** Profª Lídia Oliveira leciona no doutorado Informação e Comunicação em Plataformas Digitais e Profº Vania Baldi no mestrado Comunicação Multimídia.
AUTODIDATA – ARTE I
Aprendi, desde cedo, a atribuir formas a diferentes ideias com a pintura. Por volta dos oito anos morávamos, de frente ao mar, em Olinda-PE, e quando não era permitido brincar na rua, eu e meu irmão Naelcio pintávamos em casa. A pintura livre foi uma forte aliada da nossa imaginação e promoveu um aprendizado fabuloso; as histórias e os cenários mentais ganhavam formas e cores das nossas fantasias e experiências do cotidiano. Meu ambiente de bonecas misturava-se a barcos e a animais marinhos: moréia, guaiamum, caranguejo, estrela do mar, água-viva, golfinho e, dentre os animais mais incríveis, o peixe arraia que pode voar e o polvo que, quando se vê ameaçado pelo predador, libera tinta nanquim para escurecer a água e escapar do perigo. O polvo é encantador – um pintor habilidoso de cenas de fuga. Os desenhos e as pinturas da época foram meus exercícios de fundação para o improviso e até hoje me ajudam a experimentar e a preencher a ausência do espaço da rua.
AUTODIDATA – ARTE II
Na condição de universitária e no exercício do magistério, surgiram oportunidades de realizar viagens, motivadas por pesquisas no Brasil e/ou férias no exterior. Conheci uma generosa quantidade de museus, na busca por prazer estético, em trabalhos artísticos como: tela, escultura, vídeo-arte, arte digital etc. Aos poucos, aprendi a dosar a apreciação e procurei focar a atenção numa menor quantidade de obras; segui olhando os detalhes, cores e texturas, estilos e surpresas. Desenvolvi o meu aprendizado através da observação e da prática experimental; algumas vezes, utilizava caderneta de bolso para fazer anotações, rascunhos, desenhos de curiosidades.
Adaptei o método etnográfico da antropologia para focar a minha atenção, em particular voltada para a pintura moderna, e o curioso é que deixo fluir o método de “observação participante”. Posso dizer que — quando estou diante de uma obra de meu interesse — converso legal! Saio conversando com o autor e a escultura, com a pintura e seus personagens; já interagi com várias obras e relíquias pelo mundo afora. Os “bate-papos” com obras exibidas em museus me enriquecem em sugestões técnicas e polissemia de sentidos. No Brasil, ou pelo mundo afora, gosto dessa adrenalina estética que os museus promovem. Sempre que tive oportunidade, e nos quatro anos que residi em São Paulo (1998-2002), frequentei: as Bienais (Parque Ibirapuera), as edições de arte digital do SESC (Av. Paulista), galerias, exposições livres, etc.